quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Cien años de soledad

Este silêncio de todos e de tudo

Me faz pensar que ando surdo

Pois não ouço as vozes dos vivos

Embora relembre as falas dos mortos.

Tento imaginar cada um no seu canto

Gravitando ao redor do seu mundo

E assim assoberbados e tão absortos

Não têm ouvidos ou bocas para os outros

Será que vazios não temos o que falar?

Ou nos cansamos de ouvidos moucos

Dos que fingem, apenas fingem escutar?

Até quando este silêncio vai durar?

Uma eternidade, ou apenas “cem anos”?

Não tenho tempo, não posso esperar.

Celsino Gama

06/10/2010

Esse poema foi feito pelo meu Tio Cel, e achei bacana dividir aqui...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Coisas que deveriam ser esquecidas

As vezes eu me pego pensando em coisas que não deveria.
Complexos que já estão tão arraigados no meu ser que não devem mais ser questionados.
Alguns problemas deveriam ser deixados para sempre sem rser resolvidos, incomodados e até lembrados.
Hoje é um dia que vou dormir me questionando sobre assuntos que em tese já estavam resolvidos.
A final o que é que eu quero da vida, e o que estou disposto a perder por isso??
Malditos problemas!

sábado, 6 de novembro de 2010

Versos rápidos [em sala de aula]

Ela só se sentia só

Parecia fácil, por trás de seu olhar melancólico.
Tinha movimentos leves e soltos,
Às vezes desvairados e levianos.
No âmago de seu ser não tinha o desejo de procurar,
Isso nunca passara por sua mente.

Sentia-se só.

E talvez essa fosse a única forma!
Talvez houvessem outras ,
Mas jamais aprendera.

Matava sua sua solidão com uma certa tristeza...
Tinha que se entregar...
Em troca de uma reles companhia.

Versos rápidos [em sala de aula]

Viajante sem rumo

Sentado ali na mesa
Acho que fala alguma coisa
Ão, ão, ão, ão, ão
É o que chega ao meu ouvido

Não sei bem que desenhos são esses
Mas rio assim mesmo das possibilidades.
Fudeu! Olhou para mim,
Acho que citou meu nome, o porque eu não sei.

Pronto, depois disso perdi o rumo da escrita,
Além de me fazer vir à aula ainda me rouba a idéia.
Professores, quem é que os entende?

01/09.10

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Lembranças que trago comigo no embornal da vida

Vermelho, era um Uno vermelho.
Sentado em um banco de madeira,
A Serra do Senharol ao fundo,
Uma casinha com um jardim florido.

Ainda me lembro do banco sendo rebatido,
Dos cabelos presos, os óculos,
Bermuda jeans, blusa preta.
Com um sorriso, foi assim que te conheci.

Era uma terça, não me lembro bem,
Mês de Janeiro, bem no início do ano,
Só te vi novamente no fim da semana,
É, acho que tudo foi assim.

domingo, 26 de setembro de 2010

Lições que a vida nos dá

Sábado foi dia de assentamento. Fomos ao Carlito Maia, no município de Japonvar.

São aproximadamente duas horas de Montes Claros.

Saímos por volta de 13:30 horas, mas tivemos um problema com a Lei de Murphy por volta das 15:30 horas, já na estrada de terra que da acesso ao assentamento.

O motor apagou do nada. Tentamos todas as possibilidades que conhecíamos (fazer pegar no tranco, sangrar o motor, sorte, e por ai vai...) mas não obtivemos sucesso.

Por volta das 17:30 horas encontramos com um senhor que voltava do assentamento para a cidade, e este ficou de mandar um eletricista ao nosso encontro (ele julgava ser problema elétrico, e no fim era mesmo). Como ficou tarde o eletricista só viria no dia seguinte.

Dois assentados vieram no fim do dia para nos levar ao assentamento, mas como estavam de moto, e éramos três, um teria que ficar na casa próxima ao local onde o carro quebrou. Ofereci-me.

A família dona da casa me recebeu muito bem, a dona da casa se ofereceu para fazer janta, mas eu recusei, no intuito de não dar mais trabalho, mas mesmo assim ela se pôs a fazer comida.

Quando ela me disse que já estava quase pronto, eu brinquei dizendo ela não precisava ter tido este trabalho, e ouvi o seguinte:

“- Se fossemos nós na sua casa você faria o mesmo.”

Respondi: - Provavelmente.

Fiquei pensando duas coisas:

*Primeira: ainda existem pessoas muito boas e generosas nesse mundo de desigualdade em que vivemos.

*Segunda: será que sou uma destas?

Não sei se ocorresse isso na minha cidade se minha reação seria acolher desconhecidos e dar-lhes pão.

Quantas vezes briguei com minha mãe por ter de deixar o meu quarto para meus tios dormirem.

Na noite de sábado os filhos de uma família deixaram seu precioso mundo, em uma casa de três cômodos, com chão de terra batida, para que eu não dormisse no carro. Para mim ficou a lição, preciso ser uma pessoa melhor! E você!

12/09.10

domingo, 29 de agosto de 2010

Chove, vejo luzes, no chão, levanto e sigo

Um farol, três luzes.
Uma freada a mais.
Derrapada, o chão.
Dirigindo a vida para longe.

Ainda ouço ao longe um som.
O trovão indica um raio.
Luz, agora outra luz.
Chove lá fora.

O céu chora.
E com ele choro eu também.
O tempo passa.
A vida continua.

Escuro...
Tenho medo, preciso da luz.
Preciso também da sua mão.
Sinal fechado, cai a chuva.

29/08.10

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Do nada

A vida as vezes é engraçada, e nos deixa embaraçados, sem reação.
Os fatos ocorrem sem necessitar de um horário específico, e ficamos surpresos com o resultado.
Bons, ruins ou mesmo sem definição, o foda mesmo é quando não somente nós percebemos, quando tem plateia, e muito pior se eles prestam atenção.
E assim vai indo a vida, de forma engraçada, inusitada, inesperada.
Afinal, quem é que nunca:
Achou dinheiro,
Caiu em buraco,
Tombou de bicicleta,
Teve uma pedra no sapato.
Ou assustou com passarinho,
Virou pro lado errado,
Ganhou um beijo,
Tomou chuva no momento errado,
Acordou atrasado?

Versos rápidos

Numa tela de aquarela, uma flor de romã

Vez por outra eu penso nela,
Uma aquarela pra eu poder poder pintar.
A tela, eu não sei mais.
Aliás, acho que nunca o soube,
Mas saberei um dia.

Talvez hoje, ou pode ser amanhã.
Acho que é bem bonita a flor da romã.
Será? É, não sei bem...
Acho que é hoje.

13/08.10 [Sexta-feira 13]

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Versos rápidos

Dorgas, maldito cão trapaceiro!

Conheci um cão de paletó.
Vestia-se de gravata e óculos.
Sentamos-nos em uma mesa a jogar.
-Estás com sorte, ou azar?
Foi a primeira coisa que me indagou.
-Sua carta irei descobrir.
Mostrou-me seis delas, foquei o sete rato.
O larápio me venceu.
-Revanche! - Gritei.
Seis de espadas, agora ele não acerta.
Dorgas... Maldito cão trapaceiro.
Levou-me todos os biscoitos.

p.s: Malditas canetas! Já é a terceira.

Versos rápidos

Odeio sextas-feiras

Vinte pras seis da manhã,
Isso não é hora de acordar na sexta-feira.
Uma reprogramada rápida pras seis.
Aula? Das sete às dezoito...
Putz! Hoje é sexta, não é dia disto.
Por sorte terminou às dezesseis.
No fim, foi um bom dia.
As sextas-feiras me surpreendem.
As canetas também!
Preciso de uma nova.
Aceito doações!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Versos rápidos

My pen doesn't like to write

Têm dias em que a vontade de escrever é grande,
Mas a criatividade é pouca.
Em outros surgem mil idéias,
Mas não tenho papel e caneta.
Mas o foda mesmo, e é o que me mata de raiva,
É quando a porra da caneta falha!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Relacionamentos

Verdade! Principio básico do relacionamento.
É possível construir uma vida baseada em muitos aspectos, mas em mentiras nenhuma base pode realmente ser sólida.
É muito triste ter que conviver diariamente sobre uma vida infundada e inconsistente, onde não se pode conhecer realemnte a vida do outro.
A vida é muito curta para se viver de forma clandestina, sem saber ao certo as diretrizes que te guiam, e sem saber até onde se pode chegar.
Relacionamentos são baseados em confiança, e só se confia naquilo em que se crê.
Torna-se cada dia mais difícil a convivência, torna-se complicado e penoso. Escravos de um destino que não existe.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Filho, volta para casa.

LADO A - PLAY.
Narro essa carta com lágrimas nos olhos. Aqui, neste sebo úmido e empoeirado, estamos eu e sua mãe abandonados, esquecidos. Gostaria de tocar o seu coração de 16 GB neste momento, sim iPod, sou seu pai! O seu velho não aguenta mais essa solidão, guardei esse segredo durante anos, mas agora está...

STOP - LADO B - PLAY.
...tudo revelado.
Volta querido, e cantaremos músicas do Wando, Beto Barbosa, Lobão. Bons tempos, mas você ainda estava na barriga da sua mãe.

Pensa em mim, liga pra mim.
Com amor,
Fita K7.

[Texto retirado do site http://www.redbug.com.br
link: http://www.redbug.com.br/produto/camisetas/camiseta-pai-do-ipod.html]

domingo, 23 de maio de 2010

Não como artigos, e você?

Ah, cansei dessa vida academica, só o que importa é quantos artigos você escreve. Se contassemos os blogs, horas a fio na frente de cadernos delirando sobre composições bagunçadas, com esboços de flores e pessoas disformes tentando contar uma vida, talvez sim valessemos da escrita para nos contabilizarmos. Se contassemos as canções, as poesias, as historias criadas para nos embalar no mundo dos sonhos, ai sim, valeriamos de palavras para nos contablizarmos.
Artigos, enfim, de que me servem?

domingo, 9 de maio de 2010

Dia das Mães

Bom hoje é o primeiro dia das mães sem minha mãe.
Passei o dia tentando fugir ao máximo de ter que pensr a respeito, mas como já era o esperado, não deu muito certo.
Em geral esse era um dia que eu me esforçava ao máximo para ir a BH, pra poder dar na mamãe um baita dum abraço, e passar o dia todo junto com ela.
É, hoje foi diferente, não fui a Bh, não passei o dia com ela, pelo menos não nesse mesmo plano, acredito que hoje ela esteve por aqui, me acompanhando o dia todo.
Sou cristão, ou assim me considero, não devia acreditar que quem vai volta, mas assim me ajuda a facilitar as coisas, e fico feliz por conseguir acreditar assim, pelo menos desse jeito vai ser mais prático eu cumprir minha promessa do ano passado.
Mãe não consegui cumprir a promessa ainda, mas comecei a 15 dias, espero conseguir.
Amo você, muito obrigado por tudo que você me deixou, até qualquer hora dessas.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Introdução do 1 ao 8

Já tem muito tempo que não consigo postar nada, não por falta de material, mas por falta de internet mesmo.
Tenho problemas em usar lan house, e não gosto de ficar muito tempo usando o computador de amigos, e pra piorar de vez a universidade não tem permitido que acessemos a sala de informática.
Hoje por força do destino eu tive que vir a lan, e aproveitando que teria que vir, trouxe alguns textos comigo, espero que tenham paciência, e leiam todos, o titulo começa com o numero do texto, variando de 1 a 8, em uma ordem que eu estipulei na minha cabeça.
É, preciso colocar internet na minha casa. Acho que sai esse mês ainda.
Por hora é só, boa leitura.

1 - Know your enemy

Revolução... Como, onde e por quê? Lutamos, mas qual o foco? Qual o motivo?
Precisamos travar lutas concretas, lutar contra conceitos é muito mais difícil que tombar castelos.
Necessitamos conhecer nossos reais inimigos, saber como agem, e como funcionam seus preceitos.
Lutamos hoje contra a desigualdade, representada muitas vezes pelo capital, mas nos esquecemos que hoje o capital é especulatorio, uma moeda fictícia, não palpável.
Esta moeda sim nos compra a dignidade, a liberdade, expulsa o homem do campo, faveliza as cidades, torna o homem prisioneiro do serviço, cria uma divida deste com o patrão. Temos um feudalismo modernizado, onde o rei não existe.
A culpa não é das multinacionais, é das bolsas, da NASDAC e companhia. Precisamos reviver o Crush de 1929, só que desta vez de forma premeditada, com o uso, de preferência, de um pavio bem curto.
09/02.10

2 - A quem serves?

A quem serves? Deparei-me com esta pergunta um dia. Outros dias a vi novamente. A primeira vez fiquei a pensar, a quem sirvo?
Servir no sentido de utilidade? Servir no sentido de ser servo?
Sou útil a muitos, é o que creio, ajudo a muitas pessoas, tenho uma função nos grupos a que pertenço, faço parte de uma sociedade.
Sirvo aos meus preceitos, sou escravo das regras que eu mesmo crio, as quais procuro nunca quebrar.
A quem serves?
Pergunta difícil de ser respondida, gera duvidas, é preciso tempo para se obter uma resposta. Acho que a idéia é essa, duvida...
Divago sobre o assunto, não encontro uma resposta satisfatória, só encontro uma forma de respondê-la: - Passo.
E você, a quem serves?
[Para Flavia Passos] 04/03.10

3 - Sobre a esperança

A esperança é o que define o nosso futuro, damos este nome à materialização dos nossos sonhos, de forma virtual.
Os sonhos estão em uma dimensão paralela ao nosso presente, num plano onde não podem ser tocados, tão menos limitados por qualquer regra.
A esperança esta em um universo além-paralelo, onde se acredita numa materialização virtual dos sonhos, onde passamos a acreditar friamente que o sonho já esta pré-realizado.
A esperança é responsável tanto pelas nossas crenças no futuro, quanto pela frustração perante aos nossos sonhos não realizados.
A esperança é sempre a ultima que morre, mas também a primeira a nos matar.
Esperar é a materialização da esperança no nosso plano presente, é a forma que encontramos de tocá-la dois níveis abaixo de onde ela nos fascina.
Esperando ela se torna mais real.
Complexo não? Espero que entendam.
07/03.10

4 - Mais longe, mas na realidade mais perto

Rotina, palavrinha mágica para quem acaba de sair das férias. Difícil voltar a se encaixar na realidade do dia-a-dia.
Moro a cada dia mais longe da universidade, do Jota à 20’ a pé, ao São José à 20’ de ônibus, e agora no Vargem Grande II à 20’ do São José. Passo a morar a dois ônibus de distancia do meu compromisso diário, levanto 40’ antes do habitual, faço uma integração no Centro, e preciso chegar as 7:00 horas três vezes por semana.
Ultimo ano, agora morando mais longe... Acho isso o máximo, quanto mais longe mais feliz, é assim que me sinto. Já estou me habituando a estar longe da rotina, afinal, estou a 40 minutos de ônibus mais perto de casa.
[Depois do primeiro dia de integração oficial] 08/03.10

5 - Códigos e afins

Já faz quase um ano e meio que abandonei a psicóloga. Foram seis meses de tratamento semanal. Boa parte do tempo foi gasto tentando responder a seguinte pergunta:
-Quem é o Gustavo.
A minha saga permanece, ainda não tenho uma resposta para essa pergunta, penso quase diariamente em quem sou. Acredito que perdi parte da minha essência, vou vivendo um dia atrás do outro, mas sempre sem uma resposta para esse fato.
Rotina seria o mais próximo que alcanço de uma boa resposta, mas não creio ser uma resposta satisfatória.
A única certeza que continuo tendo sobre mim mesmo, é a de que não abro mão dos mês princípios um dia sequer.
Posso não saber ao certo quem sou, mas sigo um código, e não pretendo quebrá-lo.
Um código, isso sim eu acho que se aproxima da resposta sobre quem sou.
[10/03.10]

6 - 9º Período

Ultimo ano de faculdade, estamos no inicio da segunda quinzena de aulas do primeiro semestre. Muito tem sido discutido pelos cantos da faculdade, nas republicas e nas casas dos alunos do 9° período. Conversas sobre o futuro, sobre como serão as coisas daqui para frente, trabalhos, mestrados, e o aterrorizante: - “E se eu não arrumar algo?”.
Moramos quase todos fora de casa, e somos assombrados todos os dias pelo medo de voltar para casa com um diploma debaixo do braço e as mãos abanando.
Somos todos capazes, mas infelizmente não existem pessoas na porta do campus esperando que saiamos para sermos contratados, estamos a cada dia mais perto da procura.
Procura por emprego, por estabilidade, por meios de tornar os sonhos do futuro mais palpáveis.
Estamos a beira da separação também, do termino deste ultimo qüinqüênio vivido aos trancos e barrancos, entre livros, contas no vermelho, e boas gargalhadas.
Estamos entrando na ultima fase deste ciclo denominado graduação, e sim, creio que vamos vencê-lo felizes, certo?
[17/03.10]

7 - Necessidades básicas

Passo muito tempo às vezes sem escrever, sem materializar meus sonhos, sentimentos, enfim, sem me expressar.
Gostaria de sentar com mais freqüência diante do papel, e deixá-lo guiar a caneta em minhas mãos.
Têm sido tempos diferentes estes. Acho que ao mesmo tempo em que novas idéias sobrepõem às antigas, elas não passam de um simples plagio de um passado não tão distante.
Nas releituras sobre quem sou descubro sempre que pareço imutável, e que meus pontos peculiares simplesmente evoluem, tornando-me cada dia mais fechado, incrédulo e de certa forma, infeliz.
Não acredito que eu tenha o direito de me aproximar das pessoas por simplesmente querer me esvair da solidão, pelo simples fato de desejar companhia.
Somos o nosso próprio mau, e causamos nossas próprias desilusões sempre que tentamos coagir as outras pessoas a freqüentarem nosso ser.
Somos, por isso existimos, mas se pensamos, esta é a questão.
11/09.2009

8 - A quarter

25 anos, uma idade redonda, um novo ano se inicia, e mais um ano de vida completo.
Foi interessante o dia, teve um churrasco, tive muitas surpresas, descobri coisas sobre o passado, respostas para perguntas que ficaram na minha mente por anos, e que nunca imaginei serem respondidas.
São respostas que hoje não mais me fazem diferença, são sonhos que eu não sonho mais, e que talvez fiquem acobertados em um passado próximo, vindo um dia a permanecer distante.
Hoje eu tenho novas perguntas a serem respondidas, e passo a procurar pelas respostas no amanhã, espero que elas cheguem a tempo de me fazerem alguma diferença.
Afinal, a busca nunca termina... Still alone.
[25/04.10]

sexta-feira, 5 de março de 2010

Começam as aulas, o blog volta

Começamos um novo ano, não postei nada ainda, começo o ano juntamente com as aulas, é uma tradição, espero que gostem, é uma nova etapa da vida, e volto com novas ideias, novos pensamentos, e creio que tudo um pouco mais revolucionario...

Começo então com um poema que fiz no ultimo dia do meu estagio.


Quando fazemos nossa revolução, não empunhamos armas, empunhamos dignamente nossos instrumentos de trabalho.
11.02.2010

Vamos como somos

Se fossemos engenheiros, levantaríamos nossas calculadoras,
Se médicos, nossas maletas,
Se motoristas, nossas habilitações,
Se fossemos professores, levantaríamos livros,
Se pedreiros, nossas colheres,
Igualmente se fossemos cozinheiros, com colheres erguidas faríamos nossa luta.

Se fossemos alfaiates, ergueríamos agulhas e alfinetes,
Se estudantes, os livros que tanto nos influenciam.
Se fossemos faxineiros, as vassouras nos serviriam de símbolo,
Se fossemos carteiros, conosco iriam nossos bolsões de cartas,
Se fossemos pescadores, levantaríamos redes,
Se fossemos padres ou pastores, conosco iriam erguidas nossas bíblias.

Somos camponeses, nossas ferramentas são foices e enxadas,
Orgulhamo-nos de poder erguê-las em nossas frentes de luta.
São elas que nos garantem o sustento,
São elas que garantem o alimento da cidade.
Não marchamos munidos de armas,
Mas seguimos lado a lado com nossos instrumentos de trabalho.

Já o homem mau se esconde por trás dos que trabalham munidos de armas,
Criou sua própria frente,
Estes marcham não de armas erguidas, como o fazemos,
Mas de armas apontadas em nossas direções.
11.02.2010