quinta-feira, 27 de outubro de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Bons e velhos tempos
"Uma das poucas coisas boas de ser mais velho é poder dizer que "sou do tempo em que fumar era bonito e dar o cu era feio; hoje, fumar é feio e dar o cu é bonito""
Somos os indivíduos restantes de uma geração onde muitas coisas eram diferentes. No meu tempo de adolescente você dava o primeiro beijo la pelos 16, sexo só depois dos 18, e com muita dificuldade, falar de sexo em casa nem em sonho, era imoral você engolir alguém na rua, quem dirá no ônibus, ou em outros locais públicos.
Não se discutia sobre pederastia nas pequenas rodas, e era permitido xingar alguém na rua de viado, ou coisa do tipo.
Hoje nossa liberdade esta se reduzindo, de certa forma, certas discussões são veladas, para evitar maiores complicações, podíamos escrever sobre o que quiséssemos nos blogs, sem correr o risco de sermos denunciados por preconceito ou discriminação.
Hoje tocar em certas feridas abertas pode criar serias complicações, não se pode mais expressar opiniões, não se pode mais seguir certos preceitos sem esbarrar na tecla da discriminação. Passamos a ser reclusos em nossas próprias opiniões, e estamos a cada dia mais presos dentro dos nossos preceitos morais.
Aliás, moral é uma coisa que não se tem mais nos dias de hoje, tudo é permitido, liberado, e criar qualquer forma de cercania, ou separação é inconstitucional.
Tenho medo de que no futuro passemos a ser obrigados a dar o cú em praça pública, afinal, se você não ta afim de dar pra mim é porque tem preconceito contra a minha pessoa! O mundo gira, e nunca para, mas eu já tô afim de descer... Como faz?
domingo, 15 de maio de 2011
Igreja de Merda
Vivemos em dias em que as pessoas vão às igrejas pelos motivos errados.
Prega-se amor, perdão e tolerância, e vive-se em estado de ódio, rancor, e intolerância. Nos bancos onde deveriam se assentar servos dispostos a aprender e compartilhar tem se assentado pessoas cada vez mais invejosas, que se acham as donas da verdade e travam verdadeiras guerras pelos corredores.
Um lugar onde deveriam estar pessoas dispostas a mudar, tornar-se santas em meio a um mundo tempestuoso, esta cheio de "santos" porcos imundos, que derrubam sem dó nem piedade a qualquer um que lhes cruze o caminho, e ainda fazem discursos floreados sobre o quão coitados e injustiçados são.
No Sermão da Montanha Jesus nos alerta que não devemos tirar o cisco dos olhos do irmão antes de retirarmos uma pedreira dos nossos, em miúdos, e no popular, "Cuide da sua própria vida e não da de outrem".
O lugar onde deveria ser um refúgio aos oprimidos é o palco de uma guerra fria e ridícula, que só faz cada dia menos pessoas crerem e que ainda é necessário ir a igreja, viver em "comunhão" com o irmão.
E tenho dito, bando de cretinos filhos de umas putas pagas, antes de encher o saco com vãs crenças não praticadas, olhem-se no espelho e corrijam-se a si próprios, e chega desse cristianismo água com açúcar cheio de falsidade e mau caratísmo.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
As vezes nunca se sabe....
Hoje me deparei com dois, opostos de certa forma em seu conteúdo, mas iguais na sua essência, um fala das duvidas que tenho ultimamente à respeito do futuro, e o outro a respeito de como tenho me sentido emocionalmente.
Eles se complementam em pontos interessantes, quando um fala da incerteza o outro diz que tudo poderá ficar bem, pois quando se tem alguém andando com você a caminhada fica mais fácil, a respeito dos sonhos um diz que são muitos, o outro incita que devem ser vividos, e por ai vai.
Mas em sua integra eu acabei separando sentimentos opostos, de forma que hoje, com o que sinto agora, não servem para estar aqui...
Detesto essa época do ano, sempre sou atacado pela mesma síndrome pré aniversário... espero estar vivo dia 25, pra poder olhar pra trás e ver que foram só alguns dias...
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Definindo o Caos
Quando ouvimos rapidamente pensamos em bagunça, balburdia. Minhas definição vai bem além disso.
Acho interessante o fato de que nós, os seres humanos, é que naturalmente o concebemos diariamente, em meio as nossas conversas, anseios, onde quer que estejamos.
Quero ir a um show, você deseja comer pizza, ele quer ficar em casa, ela deseja ir ao shopping.
Cada cabeça tem sua sentença e criamos um pequeno caos na hora de expormos nossas idéias aos outros.
A bagunça não é de um todo maléfica, somente indica que cada um faz as coisas como quer.
Caos... assim vivemos.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
E agora vida?
Contas chegando todo meio de mês, comida, gasolina ou vale transporte, a cervejinha do fim de semana. São gastos reais da vida real, e são todos por sua conta. As contas não querem saber se você tem um emprego, se faz bico, se tem um diploma, se é qualificado. A verdade é, estamos no escuro em todo inicio de uma nova fase.
Acho que a solução temporária pra isso é descolar um emprego que não necessite de capacitação, mas que pague as contas. O que eu não entendo é como as pessoas se lamentam tanto por falta de serviço, ta cheio deles por ai... só não estamos é realmente interessados em fazer nada.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Discurso de formatura - 21/01/2011
Sei que deve ficar um texto muito grande, mas eu acho que postar o discurso que escrevi para a formatura ia ser bacana, tanto para que os amigos vejam, quanto para que aqueles que não puderam esatr presentes também pudessem sentir um pouquinho só do que sentimos.
Vamos lá...
Aos nossos pais e convidados o nosso muito obrigado por comparecerem, aos nossos mestres o muito obrigado pela paciência, e aos nossos queridos colegas de beca, foi um imenso prazer dividir estes cinco anos.
É assim com ar de agradecimento, alegria, e satisfação pelo dever cumprido que nos reunimos todos aqui hoje, para assinarmos no livro de nossas vidas o encerramento de mais uma etapa.
Cinco anos atrás estávamos com os corações saltitando no peito querendo sair pela boca, de tanta felicidade por termos o nome na tão aguardada lista de chamada do vestibular da UFMG. Agora, passados dez períodos estamos cá novamente com o coração a sair pela boca, mas não somente de alegria por estarmos nos formando, mas também de ansiedade pelo que nos aguarda pelos campos da vida.
Agrônomos, quisemos, nos tornamos, e seremos daqui para a frente. Fomos uma turma muito camarada em muitos momentos, mas pensando durante o recesso de janeiro, percebi que até na escolha da área de atuação nós nos ajudamos, cada um se especializou em uma área diferente, claro que com algumas peculiaridades, mas teremos muitas indicações a fazer daqui em diante, afinal se eu não dominei por completo uma área, com certeza algum de vocês dominou.
Durante a nossa jornada alguns amigos ficaram para trás, outros se agregaram, e entre perdas e ganhos creio que maiores foram os ganhos. Entre diamantinos, unimontenses e até uma caloura formada em Ouro Preto. Com mais esses amigos construímos e viramos algumas páginas da nossa história, sempre com muito bom humor nos momentos bons, e mais ainda nos ruins.
A estrada que escolhemos trilhar muitas vezes sem toda a glória e o glamour que pensamos foi cheia de curvas, trechos em obras, e sem duplicações na subida. Nem sempre as garotas puderam usar suas lindas sandálias, tendo que trocá-las por botinas, os penteados por chapéus, e da mesma forma nós trocamos as bermudas e havaianas por calças e botas. Andamos no meio da poeira, no barro, fizemos fila na sombra de arbustos, na sombra do Babydoll e mais ainda na minha, tivemos aula debaixo de chuva, colhemos dados para trabalhos de campo iluminados por farol de carro, corremos atrás de professor mato adentro identificando diferentes tipos de solo, nos esprememos em bancadas para observarmos melhor algum inseto, ou estrutura vegetal. Fizemos bagunça nos laboratórios, e rimos, rimos muito, durante todo o tempo em que estivemos juntos.
Enfrentamos a falta de professores, parte da reestruturação do Campus, vimos crescer um novo prédio de aulas, inauguramos a biblioteca, vimos um esqueleto abandonado do virar o ginásio, e na ocasião da inauguração ainda demos uma lavada nos professores com um placar histórico de 6x2 com direito a medalha e tudo. Sonhamos durante todo esse tempo com novos laboratórios, e pudemos vivenciar a reforma de muitos deles. Passamos pela cantina da Irlene, depois do Sem Pressão, e chegamos à fase atual com a Val e a Magali. Aliás, passamos muito tempo na cantina. Vimos ainda um antigo campo de futebol virar o que é hoje a moradia da FUMP. Entramos pela primeira vez na antiga portaria, com porteira de fazenda e cancela, parávamos para comer uma manga as vezes, e trocar uma idéia com o Osmar, agora sairemos por uma nova portaria, com a logo do Instituto, que para nós já foi Núcleo, com uma bela casamata para os seguranças. Vimos e vivemos uma tremenda evolução, e sonhamos em voltar um dia, para constatar se todos os nossos sonhos de reforma da nossa atual casa foram concretizados.
Entre as muitas contribuições que demos, creio que as mais marcantes foram nos grupos de estudos. Fundamos alguns, e participamos de muitos outros. Podemos dizer que carregamos muitas siglas no peito, GEF, GEAVE, GEC, GREGAL, NECTA, GEHort, PET, SEMENTEC, GEMISA, NUCLEO PPJ, NASCer, GESA, GERHISA, GEFOR, GEHNC, GESAF’S (e muitas delas nunca soubemos o que significam, e nunca saberemos). Tantos grupos que ficarão guardados nos nossos corações, pelas muitas horas de dedicação, pelos ensinamentos, pelas oportunidades que tivemos de nos desenvolver academicamente, e principalmente pelo convívio, que é o que nos molda e nos torna o que somos hoje.
A partir de hoje somos engenheiros agrônomos, nos tornamos responsáveis pelo campo e tudo o que nele há. Temos a responsabilidade de preservar ao máximo o meio ambiente e os recursos naturais. Possuímos a responsabilidade social de garantir que nossos subordinados tenham sempre um tratamento digno, que sejam preservados seus direitos de cidadão, e garantir a todos um salário justo. Como agrônomos seremos responsáveis pela produção de alimentos e manutenção da segurança alimentar do nosso país. Quando nos deparamos com todas estas responsabilidades sempre nos vem um certo medo, um receio de falharmos, e é nessas horas que sempre ouvimos as historias de ensinamentos aprendidos em casa, da vivencia com os pais, avós, tios, e são estas lembranças que sempre nos dão animo e força para seguirmos em frente e batalharmos pelos ideais a que defendemos não somente durante os cinco anos de graduação, mas durante toda a nossa jornada.