sexta-feira, 5 de março de 2010

Começam as aulas, o blog volta

Começamos um novo ano, não postei nada ainda, começo o ano juntamente com as aulas, é uma tradição, espero que gostem, é uma nova etapa da vida, e volto com novas ideias, novos pensamentos, e creio que tudo um pouco mais revolucionario...

Começo então com um poema que fiz no ultimo dia do meu estagio.


Quando fazemos nossa revolução, não empunhamos armas, empunhamos dignamente nossos instrumentos de trabalho.
11.02.2010

Vamos como somos

Se fossemos engenheiros, levantaríamos nossas calculadoras,
Se médicos, nossas maletas,
Se motoristas, nossas habilitações,
Se fossemos professores, levantaríamos livros,
Se pedreiros, nossas colheres,
Igualmente se fossemos cozinheiros, com colheres erguidas faríamos nossa luta.

Se fossemos alfaiates, ergueríamos agulhas e alfinetes,
Se estudantes, os livros que tanto nos influenciam.
Se fossemos faxineiros, as vassouras nos serviriam de símbolo,
Se fossemos carteiros, conosco iriam nossos bolsões de cartas,
Se fossemos pescadores, levantaríamos redes,
Se fossemos padres ou pastores, conosco iriam erguidas nossas bíblias.

Somos camponeses, nossas ferramentas são foices e enxadas,
Orgulhamo-nos de poder erguê-las em nossas frentes de luta.
São elas que nos garantem o sustento,
São elas que garantem o alimento da cidade.
Não marchamos munidos de armas,
Mas seguimos lado a lado com nossos instrumentos de trabalho.

Já o homem mau se esconde por trás dos que trabalham munidos de armas,
Criou sua própria frente,
Estes marcham não de armas erguidas, como o fazemos,
Mas de armas apontadas em nossas direções.
11.02.2010