Este silêncio de todos e de tudo
Me faz pensar que ando surdo
Pois não ouço as vozes dos vivos
Embora relembre as falas dos mortos.
Tento imaginar cada um no seu canto
Gravitando ao redor do seu mundo
E assim assoberbados e tão absortos
Não têm ouvidos ou bocas para os outros
Será que vazios não temos o que falar?
Ou nos cansamos de ouvidos moucos
Dos que fingem, apenas fingem escutar?
Até quando este silêncio vai durar?
Uma eternidade, ou apenas “cem anos”?
Não tenho tempo, não posso esperar.
Celsino Gama
06/10/2010
Esse poema foi feito pelo meu Tio Cel, e achei bacana dividir aqui...