quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Quanto tempo não?

  Hoje eu dei uma rápida passada pelo blog, vi que a minha ultima postagem data de 2013. Faz um bom tempo que eu parei de sentar e escrever...

  Faz também um bom tempo que eu parei de sentar e desenhar, que eu parei de tirar realmente um tempo bacana para as minhas próprias coisas. Não ser de onde veio a necessidade de realizar outras atividades, ou de priorizar muitas outras atividades, mas uma coisa é certa: - Preciso de tempo.
  Todo mundo anda muito sem tempo, nunca paramos para avaliar o que temos feito com o que temos disponível, andamos omo pequenas maquininhas programadas para realizar uma única atividade.

  Se vou voltar a escrever?
  Não sei ainda, não tive tempo para parar e pensar à respeito disto.

  Que coisa não?

quinta-feira, 4 de abril de 2013

“The Road to Zion's in your heart”


Sempre que escuto “Road to Zion” do Petra eu fico simplesmente viajando.
A letra é bem clara quando diz que há um caminho dentro de nós, e que nenhum pelegrino ficará na escuridão. O caminho para Sião está em nossos corações.
Muitos cristãos nunca sentiram a opressão e a escuridão de perto. Não sentiram um peso incarregavel sobre suas costas, e não mergulharam em um mar de lama negra, que te impede de ver a luz.
A vida às vezes se torna um mundo de dor, sombras, pesadelos... A vontade de morrer se torna iminente.
A morte passa a ser uma opção.
Uma opção para pôr fim a dor, um fim a algo que não te faz feliz.


Mas um dia você se cansa de procurar por respostas, por um fim para a sua história. Nesse momento você percebe que se existem trevas e sombras, deve haver uma luz.
Então você caminha em direção a praia, procura por um ponto firme, um lugar de onde se possa ver a luz.
No meio dessa jornada uma voz fala ao seu coração, ela te reconforta, te acolhe. Você já não mais está em um mar de lama, mas sim em um rio, onde toda a lama é lavada das suas roupas, da sua carne. Você já não se sente mais sujo.
Você passa a entender que todo aquele sofrimento se esvai de sua alma, e percebe que seu espirito além de mais vivo, está mais fortalecido.
O Caminho vai do coração até Sião! Acompanhando o Caminho vai um Rio, que nunca para de fluir, e tudo o que por Ele é tocado vive.
Peregrinos somos por esse caminho tortuoso e estreito, em uma viagem que nos leva ao que de melhor existe nesse mundo, nos leva até a sala do trono, aos braços do Pai.
There’s a road inside of you,
Inside of me there’s one too.
The road to Zion’s in your heart.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Velhas verdades sobre eu mesmo

    Há muito eu venho escrevendo sobre coisas que sinto, e sobre a forma como vejo e percebo o mundo ao meu redor, e sempre do meu jeito... não me importam conjunturas, politica, acontecimentos históricos. escrever sobre a forma como vejo me faz perceber com o tempo as evoluções e involuções que venho sofrendo e realizando ao longo dos anos.

      Velhas verdades sobre eu mesmo surge me face a "Verdades sobre eu mesmo", escrito em 10.03.2010. Se você me conhecia nessa época, será que sabia que era assim que eu me sentia? As vezes estamos tão próximos e tão distantes ao mesmo tempo. A barreira física não é nada comparada as barreiras que nós mesmos criamos, e a cegueira que nós mesmos insistimos em viver. Todo mundo apresenta sinais, todo mundo demonstra de uma forma ou outra o que sente, e se estamos atentos ou não é puramente uma decisão nossa.

    Consideramo-nos bons amigos, bons ouvintes, e muitas vezes declaramos que sabemos das possíveis reações que as pessoas podem tomar, mas não creio que isso seja uma possível verdade, pois muitas vezes somos amigos por conveniência, ou não passamos de simples colegas metidos a besta.

Verdades sobre eu mesmo

            O que é a felicidade? Mais um dia se passa na minha vida, mais um dia vendo seriado até tarde, mais um dia em que faltei à aula porque passei a noite em claro, fugindo.
            Fujo todos os dias... fujo de mim mesmo, não consigo suportar a vida que levo, mas não movo uma palha para que ela mude. Vivo uma vida miserável pelo simples fato de gostar disso, por não suportar mudanças, por tentar fingir que meus problemas não existem. Não fujo deles, simplesmente gosto de deixá-los onde estão.
            Nunca gostei de conflitos, eles me deixam nervoso, me fazem mostrar o verdadeiro eu, que fica sempre preso. Opto por inventar desculpas, por ser fraco, por pedir desculpas em ocasiões onde não sou culpado. É mais fácil fugir, assumir erros não cometidos, que simplesmente optar pela verdade na qual acredito.
            Sinto falta da pessoa que não permitia que eu fizesse isso, sinto falta do meu lugar especial, e o pior de tudo, sei que ele não mais existe. Comecei a perder isso quando vim para Montes Claros em 2006. Foi o ano em que resolvi não mais me importar com o mundo a minha volta.
            De 2006 para cá, só me preocupei com minha Mãe, com a saúde dela, e nada mais. Tentei aproveitar a todo o custo a presença dela. Eu sempre soube que o fim estava próximo, sempre soube que um dia ela não mais estaria aqui para me ajudar. Tentei formas alternativas de conforto, usei drogas, comecei a fumar, passei a beber mais que o usual, e me perdi.
            Me perdi num caminho que eu mesmo escolhi seguir, uma rota que eu mesmo criei, e que percorro sozinho. Culpa? De que? Não sou o culpado, não sou a vitima, sou o executor.
            Há muito tempo possuo um Cd (The Art(e) of Romance, Fun People) que conta uma historia interessante no encarte. Fun People é o nome da banda, o encarte conta a historia de Gustav Wilkins, um revolucionário preso e enviado a uma prisão longínqua, onde o juiz, e o capataz eram a mesma pessoa. Estou junto com Wilkins. Preso em uma prisão a muito esquecida, da qual não mais tenho as chaves.
            Wilkins foi feito prisioneiro por defender suas idéias, eu pelo contrario, me prendi, fui mais longe que a história de Wilkins. Eu sou meu juiz, meu capataz, meu executor, e meu próprio réu.
            Estou a muito preso em uma cadeia que eu mesmo construí que eu mesmo projetei por anos, e da qual não consigo me libertar. Vivo um dia após o outro, esperando pelo fim. É a vida que consigo levar, sei que podia mais, que posso ir mais longe, mas é só isso que me permito fazer. Ser meu próprio réu.
            Só uma pessoa me disse que eu podia ser do tamanho dos meus sonhos. Pena que ela não sabia o meu sonho. Meu sonho era que ela nunca se fosse, mas isso não estava em minhas mãos. Meu sonho passou a ser ir com ela, mas sou covarde, não fui capaz de conseguir me libertar desse corpo que me prende, ela não permitiu que eu fosse na ultima hora.
            Prometi a ela que eu ficaria esperando o dia chegar, e é isso que tenho feito desde então. Espero, um dia de cada vez, seja lá como for, sem surpresas, que minha hora chegue, e que talvez eu possa enfim realizar meu sonho.
Felicidade... Espero pelo dia em que ela venha me agraciar, mas não sei ao certo como será para o meu mundo. Sempre ouvi dela que minha felicidade independe da felicidade dos outros.
Acho que sou feliz assim. Espero que eu seja feliz assim.
10.03.2010


    É, eu pensava assim, hoje eu achei um motivo maior, uma razão pra viver, razão que me mantém vivo, e que me faz bem, que me traz alegria e conforto mesmo nos momentos mais difíceis.Eu finalmente entendi o que minha mãe sempre dizia, e resolvi experimentar dessa mesma verdade de uma forma mais profunda e completa.
    Entender o verdadeiro significado por trás da mensagem da cruz foi que o que me despertou novamente, e reacendeu uma chama a muito apagada pelas angustias e duvidas.
    Graças dou a Cristo, por ter feito oque fez em minha vida, e por me amar de uma forma tão grande, mas tão grande, que eu não mais sinto medo, e nem receio, pois sei que há algo maior, algo tão bom pra mim que eu posso descansar.

domingo, 28 de outubro de 2012

E o IDE?



<<Portanto ide por todo mundo e fazeis discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Ensinando-os a observar todas as coisas que eu vós tenho mandado. E eis que estarei convosco por todos os dias, até a consumação dos séculos.>>  
(Mateus 28:19 e 20)

            O “Ide” é um mandamento de Cristo, ordenado ao fim de 3 dos 4 evangelhos. A localização cronológica do “Ide” é ao final do tempo de Cristo com seus discípulos.
            Antes de estarem preparados para andarem sozinhos os discípulos conviveram com Cristo por três longos anos, onde puderam conhecer de perto os planos de Cristo e sua mensagem de amor.
            Eles viram a transformação das bodas de Caná da Galileia, ouviram o sermão do monte, recolheram os doze cestos de sobras do banquete de cinco pães e dois peixinhos. Viram cegos enxergando, leprosos sendo curados, coxos correndo, mortos sendo ressuscitados. Eles dormiram com Jesus, comeram com Ele, riram, choraram, dividiram o trabalho da pesca, de lavar roupas, e se revezaram no preparo do rango.
            Durante três longos anos todos eles andaram juntos entre si, e com Cristo à frente, os conduzindo.
            O “Ide” foi a ultima ordem de Cristo aos seus doze. Foi um ordem passada ao fim do tempo dEle com os seguidores, uma espécie de aprovação dada de um mestre aos seus alunos, com aspecto de “agora cambada vocês estão aptos para o batente, chega o rei e toca o pau”, vocês já são capazes de andarem sozinhos, de levar a mensagem de forma clara e eficaz.
            O “Ide” também é nosso, também é uma ordem que temos que acolher, mas não de peito aberto e de qualquer forma. É para se fazer discípulos, que devem ser batizados e ensinados conforme os ensinamentos do nosso Mestre, o Cristo. Para se fazer um discípulo é preciso andar com ele, dar o testemunho, ser um exemplo para ele.
            Para partirmos para o “Ide” é necessária uma vida com Cristo, e ter comunhão com os camaradas que andam conosco, é preciso ser um grupo coeso, forte, e que possa ser visto como uma unidade.
            Sendo assim, preparemo-nos com sabedoria, lembrando sempre das diretrizes do nosso Mestre, Senhor e Salvador, pois para combater o bom combate necessário se faz o emprego de bons soldados, preparados de espírito, para que não hajam brechas, e para que acima de tudo Cristo seja glorificado com a nossa dedicação.

Ao som de Jeff Scheetz Band, diretamente da casa dos meus avós,
e obrigado Laiz Lizardo pelas dicas...


terça-feira, 5 de junho de 2012

Será que é IDE mesmo?

"Amar aos homens, e não aos seus pecados; amar aos homens, e não aos seus defeitos; amar aos homens..."

    Muitos pregam à respeito da divindade de Cristo, do lado Deus que Ele apresentou em toda a sua obra. Mas eu vejo um Jesus diferente durante boa parte do tempo. Vejo um Cristo tão humano quanto eu, mas imbuído de uma capacidade quase surreal de não errar.
    Eu vejo um Jesus que dava uma piscadinha para Pedro, depois de fazerem uma brincadeira com João, que chamava Mateus de mano, ou de brow, ou até de chegado, e que as vezes olhava sério para os discípulos e dizia " Fíhh cês tão loco?".
    Quando eu imagino esse Jesus homem, que ri, que chora, e que trocava uma idéia cabeça com os discípulos, eu penso que sem dúvida alguma Ele é O Cara, e fico com mais vontade ainda de servi-Lo, de fazer da minha vida um motivo de orgulho para Ele.
    Mas ai você para e se pergunta: "no início dizia algo sobre amor...".
    Sim, Jesus me amou. Ninguém, melhor do que eu, conhece meus defeitos, conhece os meus pecados, meu medos, Sempre que eu ouço algum testemunho de vida e morte vindo da janela 10:40 minhas pernas tremem, eu fico imaginando um maluco entrando na igreja e dizendo que vai mandar bala em todo mundo que professar cristo como seu Guia e Salvador, e fico imaginando se sou assim tão fiel, se eu morreria por Cristo, assim como Ele morreu um dia por mim...
    Mas ai eu paro e penso, e me sinto feliz, pois Cristo me ama! Sim ele me ama, assim mesmo, errado, pecador.
    Ele enxerga meus acertos, vibra quando eu consigo entender o que deve ser feito, e me estende a mão quando eu falho, e diz: "Levanta e continua.".
    Se Jesus me deu uma nova perspectiva para viver, para ter esperança, me deu um novo sorriso, quem sou eu para deixar de amar alguém? Que direito eu tenho de julgar alguém?
    O IDE, é ide e fazei discípulos, não é ide e julguei, ou ide e dizeis quais são os erros do mundo, ou ainda ide e pregai para aqueles que te agradam. É só IDE! Ide pelos brancos, negros, heteros, gays, punks, pagodeiros, skatistas, tatuados, chineses, índios, aborígenes, anões, gordos, velhos, crianças, mulheres, homens.
    Jesus me salvou, e ele veio para todos! não foi só para minha turma.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

A resposta às idéias é o sonho

Sou muito resistente a mudanças...
Definitivamente eu detesto quando as coisas mudam, e gosto das coisas como elas estão, de certa forma.

Acho que quando sou eu que tenho o pseudo-controle das mudanças, as coisas se tornam mais fáceis e práticas, talvez por ter a doce ilusão de estar controlando, e fazendo as coisas do meu modo.

Já quando tudo não depende de mim, eu tenho dificuldades, talvez por não saber o que vai acontecer, ou o que se pode esperar, tudo parece-me incerto e incorreto.

Acho que tenho medo do que esta por vir, essa é a verdade. Tenho receio de que o que novo me venha me roubar os pertences... não os materiais, mas as respostas conseguidas depois de muita reflexão, venha me roubar as idéias que com noites mal dormidas foram cuidadosamente arquitetadas, venha me roubar os sonhos, que foram guardados para o futuro, ou que foram idealizados com a preparação do presente.

O certo é que eu queria poder parar o tempo, e poder me mover pelo mundo estático, tendo a impressão de que tudo está a seu lugar.

Mas não é assim que funciona...
Essa resposta eu já tinha, essa idéia eu já encerrei... e esse sonho, já morreu.

Ao som de Rookmaker, do Palavrantiga



quinta-feira, 26 de abril de 2012

Mais um aniversário

  Já tem algum tempo que não paro para escrever, mas o aniversário está (estava no caso) próximo e como já é de prache/praxe/prashe (opte pelo que achar mais conveniente...), hora de anotar umas coisas.
  Esse ultimo ano em especial foi um pouco diferente, foi um ano onde muita coisa aconteceu em um curto espaço de tempo, tornando-o um ano diferente dos outros.
  2011 sobretudo, ou o 26º ano, foi um ano de reaproximações e de tomada de decisões. Reestabeleci o contato com meu pai, passamos a nos respeitar mais, acredito eu, e vivemos com mais harmonia desde então. Decidi abandonar parcialmente meu diploma de agrónomo, e passar a me dedicar aos jardins. voltei a tocar, e é uma coisa que tem me dado mais alegria desde então.
  Foi um ano de reconciliação com Deus, estive brigado com Ele desde a perda da minha mãe em 2009, e me virando sozinho desde 2006, quando a igreja resolveu me abandonar (sim as igrejas abandonam as pessoas. Quando fazemos parte de uma comunidade, e de repente a gente some, é dever da comunidade querer saber o porque disso... as igrejas não gostam muito de assumir sua parcela de responsabilidade pelo que acontece com seus membros.).
  Estive por ai muito tempo, pensando no que fazer, em como fazer, e descobrindo quem eu sou. Hoje eu ainda não tenho resposta para todas as minhas perguntas, mas acredito que a vida só segue enquanto somos capazes de procurar respostas.
  Entro nos 27 anos desempregado, devendo (paguei minhas contas depois de escrever o texto original...), solteiro, triste com muitas coisas que acontecem, mas por outro lado feliz, pois sei que tenho alguns bons amigos que me fazem rir, e por poder confiar que o Deus em quem eu creio é bom pra cacete, e me sustenta com suas palavras.
                Enfim, é isso...
                     parabéns pra mim mesmo,
                  São simples palavras, mas são de coração....
(23/24.04.12)