domingo, 23 de maio de 2010

Não como artigos, e você?

Ah, cansei dessa vida academica, só o que importa é quantos artigos você escreve. Se contassemos os blogs, horas a fio na frente de cadernos delirando sobre composições bagunçadas, com esboços de flores e pessoas disformes tentando contar uma vida, talvez sim valessemos da escrita para nos contabilizarmos. Se contassemos as canções, as poesias, as historias criadas para nos embalar no mundo dos sonhos, ai sim, valeriamos de palavras para nos contablizarmos.
Artigos, enfim, de que me servem?

domingo, 9 de maio de 2010

Dia das Mães

Bom hoje é o primeiro dia das mães sem minha mãe.
Passei o dia tentando fugir ao máximo de ter que pensr a respeito, mas como já era o esperado, não deu muito certo.
Em geral esse era um dia que eu me esforçava ao máximo para ir a BH, pra poder dar na mamãe um baita dum abraço, e passar o dia todo junto com ela.
É, hoje foi diferente, não fui a Bh, não passei o dia com ela, pelo menos não nesse mesmo plano, acredito que hoje ela esteve por aqui, me acompanhando o dia todo.
Sou cristão, ou assim me considero, não devia acreditar que quem vai volta, mas assim me ajuda a facilitar as coisas, e fico feliz por conseguir acreditar assim, pelo menos desse jeito vai ser mais prático eu cumprir minha promessa do ano passado.
Mãe não consegui cumprir a promessa ainda, mas comecei a 15 dias, espero conseguir.
Amo você, muito obrigado por tudo que você me deixou, até qualquer hora dessas.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Introdução do 1 ao 8

Já tem muito tempo que não consigo postar nada, não por falta de material, mas por falta de internet mesmo.
Tenho problemas em usar lan house, e não gosto de ficar muito tempo usando o computador de amigos, e pra piorar de vez a universidade não tem permitido que acessemos a sala de informática.
Hoje por força do destino eu tive que vir a lan, e aproveitando que teria que vir, trouxe alguns textos comigo, espero que tenham paciência, e leiam todos, o titulo começa com o numero do texto, variando de 1 a 8, em uma ordem que eu estipulei na minha cabeça.
É, preciso colocar internet na minha casa. Acho que sai esse mês ainda.
Por hora é só, boa leitura.

1 - Know your enemy

Revolução... Como, onde e por quê? Lutamos, mas qual o foco? Qual o motivo?
Precisamos travar lutas concretas, lutar contra conceitos é muito mais difícil que tombar castelos.
Necessitamos conhecer nossos reais inimigos, saber como agem, e como funcionam seus preceitos.
Lutamos hoje contra a desigualdade, representada muitas vezes pelo capital, mas nos esquecemos que hoje o capital é especulatorio, uma moeda fictícia, não palpável.
Esta moeda sim nos compra a dignidade, a liberdade, expulsa o homem do campo, faveliza as cidades, torna o homem prisioneiro do serviço, cria uma divida deste com o patrão. Temos um feudalismo modernizado, onde o rei não existe.
A culpa não é das multinacionais, é das bolsas, da NASDAC e companhia. Precisamos reviver o Crush de 1929, só que desta vez de forma premeditada, com o uso, de preferência, de um pavio bem curto.
09/02.10

2 - A quem serves?

A quem serves? Deparei-me com esta pergunta um dia. Outros dias a vi novamente. A primeira vez fiquei a pensar, a quem sirvo?
Servir no sentido de utilidade? Servir no sentido de ser servo?
Sou útil a muitos, é o que creio, ajudo a muitas pessoas, tenho uma função nos grupos a que pertenço, faço parte de uma sociedade.
Sirvo aos meus preceitos, sou escravo das regras que eu mesmo crio, as quais procuro nunca quebrar.
A quem serves?
Pergunta difícil de ser respondida, gera duvidas, é preciso tempo para se obter uma resposta. Acho que a idéia é essa, duvida...
Divago sobre o assunto, não encontro uma resposta satisfatória, só encontro uma forma de respondê-la: - Passo.
E você, a quem serves?
[Para Flavia Passos] 04/03.10

3 - Sobre a esperança

A esperança é o que define o nosso futuro, damos este nome à materialização dos nossos sonhos, de forma virtual.
Os sonhos estão em uma dimensão paralela ao nosso presente, num plano onde não podem ser tocados, tão menos limitados por qualquer regra.
A esperança esta em um universo além-paralelo, onde se acredita numa materialização virtual dos sonhos, onde passamos a acreditar friamente que o sonho já esta pré-realizado.
A esperança é responsável tanto pelas nossas crenças no futuro, quanto pela frustração perante aos nossos sonhos não realizados.
A esperança é sempre a ultima que morre, mas também a primeira a nos matar.
Esperar é a materialização da esperança no nosso plano presente, é a forma que encontramos de tocá-la dois níveis abaixo de onde ela nos fascina.
Esperando ela se torna mais real.
Complexo não? Espero que entendam.
07/03.10

4 - Mais longe, mas na realidade mais perto

Rotina, palavrinha mágica para quem acaba de sair das férias. Difícil voltar a se encaixar na realidade do dia-a-dia.
Moro a cada dia mais longe da universidade, do Jota à 20’ a pé, ao São José à 20’ de ônibus, e agora no Vargem Grande II à 20’ do São José. Passo a morar a dois ônibus de distancia do meu compromisso diário, levanto 40’ antes do habitual, faço uma integração no Centro, e preciso chegar as 7:00 horas três vezes por semana.
Ultimo ano, agora morando mais longe... Acho isso o máximo, quanto mais longe mais feliz, é assim que me sinto. Já estou me habituando a estar longe da rotina, afinal, estou a 40 minutos de ônibus mais perto de casa.
[Depois do primeiro dia de integração oficial] 08/03.10

5 - Códigos e afins

Já faz quase um ano e meio que abandonei a psicóloga. Foram seis meses de tratamento semanal. Boa parte do tempo foi gasto tentando responder a seguinte pergunta:
-Quem é o Gustavo.
A minha saga permanece, ainda não tenho uma resposta para essa pergunta, penso quase diariamente em quem sou. Acredito que perdi parte da minha essência, vou vivendo um dia atrás do outro, mas sempre sem uma resposta para esse fato.
Rotina seria o mais próximo que alcanço de uma boa resposta, mas não creio ser uma resposta satisfatória.
A única certeza que continuo tendo sobre mim mesmo, é a de que não abro mão dos mês princípios um dia sequer.
Posso não saber ao certo quem sou, mas sigo um código, e não pretendo quebrá-lo.
Um código, isso sim eu acho que se aproxima da resposta sobre quem sou.
[10/03.10]

6 - 9º Período

Ultimo ano de faculdade, estamos no inicio da segunda quinzena de aulas do primeiro semestre. Muito tem sido discutido pelos cantos da faculdade, nas republicas e nas casas dos alunos do 9° período. Conversas sobre o futuro, sobre como serão as coisas daqui para frente, trabalhos, mestrados, e o aterrorizante: - “E se eu não arrumar algo?”.
Moramos quase todos fora de casa, e somos assombrados todos os dias pelo medo de voltar para casa com um diploma debaixo do braço e as mãos abanando.
Somos todos capazes, mas infelizmente não existem pessoas na porta do campus esperando que saiamos para sermos contratados, estamos a cada dia mais perto da procura.
Procura por emprego, por estabilidade, por meios de tornar os sonhos do futuro mais palpáveis.
Estamos a beira da separação também, do termino deste ultimo qüinqüênio vivido aos trancos e barrancos, entre livros, contas no vermelho, e boas gargalhadas.
Estamos entrando na ultima fase deste ciclo denominado graduação, e sim, creio que vamos vencê-lo felizes, certo?
[17/03.10]

7 - Necessidades básicas

Passo muito tempo às vezes sem escrever, sem materializar meus sonhos, sentimentos, enfim, sem me expressar.
Gostaria de sentar com mais freqüência diante do papel, e deixá-lo guiar a caneta em minhas mãos.
Têm sido tempos diferentes estes. Acho que ao mesmo tempo em que novas idéias sobrepõem às antigas, elas não passam de um simples plagio de um passado não tão distante.
Nas releituras sobre quem sou descubro sempre que pareço imutável, e que meus pontos peculiares simplesmente evoluem, tornando-me cada dia mais fechado, incrédulo e de certa forma, infeliz.
Não acredito que eu tenha o direito de me aproximar das pessoas por simplesmente querer me esvair da solidão, pelo simples fato de desejar companhia.
Somos o nosso próprio mau, e causamos nossas próprias desilusões sempre que tentamos coagir as outras pessoas a freqüentarem nosso ser.
Somos, por isso existimos, mas se pensamos, esta é a questão.
11/09.2009

8 - A quarter

25 anos, uma idade redonda, um novo ano se inicia, e mais um ano de vida completo.
Foi interessante o dia, teve um churrasco, tive muitas surpresas, descobri coisas sobre o passado, respostas para perguntas que ficaram na minha mente por anos, e que nunca imaginei serem respondidas.
São respostas que hoje não mais me fazem diferença, são sonhos que eu não sonho mais, e que talvez fiquem acobertados em um passado próximo, vindo um dia a permanecer distante.
Hoje eu tenho novas perguntas a serem respondidas, e passo a procurar pelas respostas no amanhã, espero que elas cheguem a tempo de me fazerem alguma diferença.
Afinal, a busca nunca termina... Still alone.
[25/04.10]